SÃO PAULO – Conhecer uma nova cultura, aprimorar o inglês e ainda obter um diploma de curso superior é o sonho de muitos jovens brasileiros que desejam estudar nos Estados Unidos.
Entretanto, o fato de não ter de estudar para várias disciplinas das áreas de exatas, humanas e biológicas, como exigido pelos vestibulares nacionais, não significa que o candidato a uma vaga em uma universidade norte-americana não precise se dedicar, e muito, para ser aprovado.
“A inexistência dos processos seletivos ou vestibulares, como os conhecidos no Brasil, para o ingresso nas universidades americanas não quer dizer que o estudante não precise se esforçar. Os brasileiros interessados devem possuir conhecimento avançado do inglês e isto depende de disciplina e vontade”, afirma a diretora do Virginia Language Center, Ana Virginia Kesselring.
Preparação
De acordo com o Virginia Language Center, baseado em informações do relatório anual Open Doors do IIE (Instituto Internacional de Educação), em 2008 e 2009, cerca de nove mil brasileiros foram estudar em instituições norte-americanas. Por isso, alerta a diretora, quem também quer seguir este caminho deve começar a se preparar com antecedência de aproximadamente um ano e meio.
Assim, com mais ou menos 18 meses de antecedência da data em que pretende partir, o estudante deve começar a pesquisar sobre as faculdades e universidades que gostaria de cursar e começar a se preparar para o Toefl (Test of English as a Foreign Language) e o SAT ou ACT (American College Testing), os dois exames exigidos nos processos de seleção da terra do “Tio Sam”.
O primeiro, como o próprio nome diz, visa verificar a fluência do candidato na língua inglesa, sendo ele realizado pela internet e dividido em quatro fases: speaking (fluência oral), listening (compreensão oral), writing (redação) e reading comprehension (compreensão de texto).
Já a prova do SAT é formada por compreensão de texto e vocabulário, matemática e redação, sendo parecida com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em termos de pontuação. “É semelhante devido às pontuações mínimas que devem ser alcançadas e que permitirão o ingresso na faculdade. No entanto, é menos complexo, pois são duas matérias que são avaliadas, o inglês e a matemática”, diz Virginia.
Um ano antes
Com 12 meses de antecedência, é preciso solicitar às faculdades todas as informações sobre os formulários a serem preenchidos e, caso seja possível, é interessante visitá-las pessoalmente.
Neste período, também é importante identificar dois ou três professores que conheça bem para pedir cartas de referência. Existem modelos na internet. Além disso, é necessário pedir nas escolas onde estudou o histórico escolar. Tudo deve ser traduzido por um tradutor juramentado.
Faltando 11 meses para o final do processo, é hora de intensificar as aulas preparatórias para os testes e estudar com atenção as respostas recebidas das universidades.
Nesta fase, será necessário escrever uma redação, bastante pessoal, explicando porque ser admitido por essa faculdade é importante para o candidato. Aqui, é bom pedir ajuda a um professor de inglês para verificar se a carta está no formato adequado e não contém erros de gramática ou de ortografia.
Inscrição e testes
Segundo o Virginia Language Center, as inscrições para o Toefl e para o SAT devem ser feitas com oito meses de antecedência da data que pretende estudar no exterior, para que a pessoa possa receber as notas a tempo de refazer os testes, caso a nota não seja adequada. Oito meses antes também é necessário providenciar o passaporte.
Faltando de quatro a cinco meses para o término do processo, as pessoas começam a receber notícias sobre as decisões das universidades, ou devem entrar em contato, caso não recebam.
A especialista lembra que o candidato deve aceitar somente uma oferta e informar às outras instituições sobre sua escolha.
Estude
Cabe ressaltar que quem quer ir para os Estados Unidos, mas ainda está cursando o Ensino Médio, deve continuar se empenhando, pois boas notas são importantes para a admissão.
Além disso, o envolvimento com atividades extracurriculares, como esportes e música, bem como trabalhos voluntários e o potencial de liderança de cada candidato também contam pontos na avaliação.
FONTE:educacao.uol.com.br
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